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  • Ana Clara Martins

Atenção Farmacêutica para mulheres trans durante hormonioterapia

No Mês Nacional da Visibilidade Trans, é importante entender como funcionam os cuidados com sua saúde.


 

No mês da Visibilidade Nacional Trans, se comemora o marco da luta contra o preconceito, amplia o direito de reconhecimento e emprega o respeito à transgeneridade em um dos países que mais mata travestis e transexuais no mundo. 


Apesar da luta ter trazido muitas conquistas para que a visibilidade seja respeitada, essa porcentagem da população mundial vivencia a violência e a propagação de ódio gratuito de diversas maneiras.


Indicativos confirmam que o índice de violência e morte prematura aumenta em volume e intensidade quando se fala de mulheres trans. Enquanto a expectativa de vida de uma brasileira cis supre a média de 75 anos, de mulheres trans chega à expectativa máxima de 35 anos.​ 


Hormonioterapia e atuação do farmacêutico


Créditos de imagem: NSF

A atuação do farmacêutico visa o bem-estar, saúde e segurança da população trans com extrema importância, visto que o processo de transição exige um acompanhamento farmacoterapêutico assíduo, pois utiliza-se medicamentos hormonais à base de estrogênio. Esse hormônio se responsabiliza, basicamente, por diminuir pelos faciais e corporais, mudar a libido, desenvolver mamas, reduzir massa corporal e redistribuir gordura corporal pelo corpo.


Devemos pensar, primeiramente, na saúde desde o início. O acompanhamento dos exames desta mulher pode ser atribuído a um farmacêutico, que não tem o poder legal de gerar um diagnóstico, mas pode detectar alguma anormalidade e encaminhar para um médico especialista. A dosagem hormonal pode ser realizada por via oral, transdérmica (aplicação na pele) ou injetáveis (intramuscular).


O que pouco se fala é sobre o cuidado no momento da administração, onde pode ser aplicado uma amanmese à paciente, para melhor intervenção terapêutica e eficácia durante o tratamento. Uma questão em pauta, é sobre os injetáveis: é ético, moral e indiscutível que farmacêuticos se preocupem em incluir na anamnese a informação sobre próteses estéticas (silicone, por exemplo). Em caso de prótese localizada no glúteo, o tratamento poderá ser alterado, desde o local de aplicação até as respectivas dosagens. O uso hormonal é prolongado e é de suma importância que a paciente em questão tenha fácil acesso informativo e acompanhamento profissional durante o tratamento.


A vida das mulheres importa para os profissionais farmacêuticos, que independem de órgãos genitais para manter respeito, ética e terapia de qualidade significativa para a sociedade como um todo.

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