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  • Foto do escritorHellica Miranda

Dia das Mães: 3 mães que fizeram história em suas respectivas áreas

Essas 3 mulheres de destaque, enquanto ganhavam notoriedade em suas respectivas áreas, criavam filhos com toda a força e amor que só elas têm.




Ela faz a moda dela! Vivienne Westwood


Créditos de imagem: Francois Durand

Nascida Vivienne Isabel Swire em 8 de abril de 1941, a estilista, honrada em 2006 com o título de Dama Comandante da Ordem do Império Britânico, é uma das principais responsáveis pela moda punk e new wave contemporâneas.


Com uma vida desde cedo muito tumultuada, na década de 1960 já tinha um filho e casava-se pela segunda vez, com Malcolm McLaren, empresário de bandas de rock como a lendária Sex Pistols. Apaixonados pela moda e pelo rock, os dois fundaram, juntos, uma loja de roupas chamada Let it Rock, onde Vivienne passou a se inspirar no estilo dos jovens marginalizados da periferia de Londres para criar peças alternativas à época.


Como passou a ser responsável pelos looks ostentados por Johnny Rotten e companhia, ficou conhecida como "estilista punk", alcunha que nunca renegou.


Vivienne acompanhou as passagens do tempo e os ícones de estação e atemporais da moda, passando a transitar também por estilos mais românticos, mas também chamativos, contemporâneos e até eróticos.


Em 2005, em protesto contra as leis antiterroristas adotadas pelo governo após os ataques em Londres, desfilou uma polêmica camiseta com os dizeres "Não sou terrorista, por favor, não me prenda". Não foi a primeira — nem a última — vez que usou da moda para expor opiniões sociais e políticas.


Aos 64 anos, apesar de contrariar muitos dos conceitos que regem o título, foi nomeada "lady" pela Rainha Elizabeth, tendo seu trabalho e voz reconhecidos pela monarquia britânica.


Vivienne é mãe do empresário e ativista Joseph Corré, fundador da rede varejista de lingeries Agent Provocateur e conhecido pelo polêmico ato de, em 2016, queimar cerca de R$26 milhões em obras de arte, roupas e objetos ligados ao movimento punk como forma de protestar contra o Punk.London, um festival de eventos oficiais apoiados pela Rainha Elizabeth e órgãos públicos britânicos. À época, Joseph declarou: "Cresci no epicentro do movimento [punk]. Nosso apartamento era alvo dos trogloditas do National Front [partido de extrema direita britânico]. Eles quebravam as janelas, ameaçavam nos matar. Como posso agora aceitar eventos que o Heritage Lottery Fund [fundo de loteria britânico] e órgãos públicos apoiam?”


Nos dias de hoje, apesar da aparência e das peças inovadoras, Vivienne não acredita que a rebeldia e o escândalo sejam a melhor maneira de causar revoluções: "Para subverter, é preciso ter ideias, e ideias só chegam com cultura. Por isso é essencial ler, ir a galerias de arte, ao teatro. Só assim é possível ter fundamento para construir uma visão de mundo e se rebelar contra aquilo que o sistema tenta impor", declarou à Marie Claire.




É também mãe de Ben Westwood, que passou boa parte da vida como fotógrafo, mas acabou entrando para os negócios da família com sua própria linha de roupas, inspiradas nos povos indígenas nativos dos Estados Unidos e na cultura tribal.


De mãe para filha... Fernanda Montenegro


Créditos de imagem: Leila Fugii

Arlette Pinheiro Monteiro Torres, conhecida mundialmente como Fernanda Montenegro, nasceu na Zona Norte do Rio de Janeiro no ano de 1929. Desde muito nova, já queria trabalhar, mas foi depois de ter se inscrito em um concurso de locução da Rádio Ministério da Educação e Saúde que sua vida passou a ser diretamente influenciada pela arte. Depois de vencer o concurso, participou de um projeto chamado “Teatro da Mocidade” e, então, passou a atuar em radionovelas.


A rádio em que trabalhava era justamente ao lado da Faculdade Nacional de Direito (UFRJ), onde atuavam alunos em um grupo de teatro amador que logo interessou à Fernanda, que passou a frequentar e integrar o grupo, iniciando sua carreira nos palcos.


Trabalhou em quase todas as emissoras de televisão do Brasil, incluindo TV Tupi, Record, Band, Cultura e Globo, onde atuou em muitas novelas, concretizando uma sólida carreira nacional. Mas foi em 1999 que a atriz conquistou o mundo: depois de ter protagonizado o filme Central do Brasil, que proporcionou indicações de melhor atriz nos dois prêmios de Hollywood mais famosos do mundo, o Oscar e o Globo de Ouro, foi que Montenegro passou a ser reconhecida mundialmente e, hoje, é considerada a Dama do Cinema e da Dramaturgia Brasileira.



Fernanda tem dois filhos: Cláudio e Fernanda, ambos envolvidos na sétima arte. Cláudio, o mais velho, é diretor e produtor de cinema, sendo, junto a Andrucha Waddington, sócio da Conspiração Filmes. Fernanda, a caçula, seguiu os passos da mãe: aos 13 anos já atuava nas peças da Escola de Teatro Tablado e, de lá para cá, entre palcos e telas, nunca mais parou, tendo vencido quase 20 prêmios por seu trabalho como atriz.



A dama de ferro, Margaret Thatcher



Primeira mulher a ocupar o cargo de Primeira-Ministra britânica, Margaret Hilda Thatcher, a Baronesa Thatcher de Kesteven, nasceu em 13 de outubro de 1925, foi a primeira-ministra com o maior período no cargo durante o século XX. Margaret graduou-se em Química na Universidade de Oxford, onde ficou conhecida como uma jovem séria, considerada obstinada e "dona da verdade".


No início de seu mandato, em 1979, efetivou uma série de medidas e mudanças, sobretudo em relação a impostos, passando a controlar e a realizar reformas institucionais nos sindicatos trabalhistas.


Onde houver discórdia, que eu leve a união; Onde houver dúvida, que eu leve a fé; Onde houver erro, que eu leve a verdade; Onde houver desespero, que eu leve a esperança.

Thatcher sobre se tornar primeira-ministra.


Ficou no poder por 11 anos e, quando assumiu, já era mãe dos gêmeos Mark e Carol, que tinham 26 anos.



A filha, Carol, jornalista, escreveu várias vezes sobre a mãe e nunca reclamou de falar sobre ela: "Todas as minhas memórias de infância da minha mãe eram apenas alguém que era supermulher antes que a frase fosse inventada. Ela estava sempre aberta, ela nunca relaxava, as tarefas domésticas eram feitas a uma velocidade vertiginosa para voltar à correspondência parlamentar ou fazer um discurso".


A história da origem do apelido "Dama de Ferro" varia: alguns dizem que a alcunha veio do jornal do exército soviético, "Estrela Vermelha", em resposta às críticas que Thatcher fez à política soviética; outros contam que veio de sua participação para a vitória inglesa na Guerra das Malvinas, em 1982, quando a Argentina invadiu a ilha de domínio britânico. Independentemente da verdade, o apelido criou no imaginário coletivo a percepção de uma mãe distante e muito severa.


Margaret era, de fato, protetora, e inegavelmente se preocupava com a imagem pública dos filhos. Teria, uma vez, mandado Carol se esconder em um armário para não ser vista vestindo jeans publicamente.


No entanto, o que a própria Margaret declarou sobre a maternidade, à revista Saga, foi que "Você não pode ter tudo. Foi o maior privilégio ser primeira-ministra do meu país... sim, eu gostaria de ter visto mais dos meus filhos. Não almoçamos juntos no domingo, não vamos mais esquiar nas férias. Mas não posso me arrepender. E não perdi meus filhos. Eles têm suas vidas. Levei uma vida diferente".







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