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Edith Wharton: a pioneira da literatura americana

A vida e obra da primeira mulher a ganhar o Prêmio Pulitzer de Ficção.



Nascida em 24 de janeiro de 1862, em Nova York, Edith Wharton foi uma das escritoras mais importantes e influentes da literatura americana do século XX. Seus romances, contos e ensaios refletem o retrato da sociedade de sua época, revelando hipocrisias da vida da alta sociedade americana. Wharton não só conquistou um lugar de destaque no âmbito literário, como também foi a primeira mulher a receber o Prêmio Pulitzer de Ficção, um dos sete prêmios Pulitzer americanos concedidos anualmente nas áreas de Literatura, Teatro e Música, em 1921, por seu romance "A Idade da Inocência".


Edith Wharton escreveu romances notáveis como "A Casa da Alegria", "Ethan Frome" e " Hudson River Bracketed ", além de importantes coletâneas de contos como "A Maior Inclinação" e "Instâncias Cruciais". Sua não-ficção inclui obras influentes como "A Decoração das Casas" e "Vilas Italianas e Seus Jardins".



Filha de George Frederic Jones e Lucretia Stevens Rhinelander, tinha família rica e influente, com conexões tanto no ramo imobiliário quanto na antiga nobreza holandesa. Batizada em abril de 1862 na Igreja da Graça, Wharton foi a mais nova de três filhos. Durante sua infância, a família viajou extensivamente pela Europa, onde ela se tornou fluente em várias línguas.


Apesar de nascer durante a Guerra de Secessão, Wharton raramente mencionava o conflito em suas descrições familiares. Após a guerra, as viagens europeias da família foram uma resposta à depreciação da moeda americana. Educada por tutores e governantas, ela quase morreu de febre tifoide aos nove anos. Wharton criticava as expectativas sociais de sua época, buscando uma educação mais ampla do que a normalmente permitida às mulheres de sua classe, embora sua mãe a proibisse de ler até o casamento.


A história com as palavras



Desde pequena, Edith Wharton demonstrou talento para contar histórias e começou a escrever poesia e ficção. Aos 11 anos, tentou escrever seu primeiro livro, mas as críticas da mãe a levaram a se concentrar na poesia. Aos 15 anos, sua primeira história publicada foi uma tradução de um poema alemão, embora creditada a um amigo da família devido às normas sociais da época.


Em 1877, Wharton escreveu um livro de 30 mil palavras em segredo e, no ano seguinte, seu pai ajudou a publicar seus poemas anonimamente. Apesar do sucesso inicial sob pseudônimo, sua família não incentivava sua carreira literária. Continuou escrevendo e publicou novamente em 1889 com o poema "The Last Giustiniani" na Scribner's Magazine.


Entre 1880 e 1890, Wharton afastou-se da escrita para participar da alta sociedade nova-iorquina, observando mudanças sociais que inspirariam suas obras. Em 1881, a família voltou à Europa por causa da saúde do pai, que faleceu em 1882. Após um breve noivado, Wharton voltou para Nova York e, em 1883, sua mãe se mudou para Paris, onde viveu até sua morte em 1901.


No ano de 1885, Edith casou-se com Edward Robbins, atleta bem sucedido e da mesma classe social da família. O casal compartilhava um amor por viagens e com isso, visitaram diversos lugares como Itália, França e Inglaterra. Devido à um quadro de depressão de Teddy, que foi intensificado para um distúrbio mais sério, o casal precisou diminuir o ritmo das viagens e, com isso, passaram a viver na propriedade em Massachusetts. Em 1908, o estado de saúde de Teddy foi considerado incurável e meses depois, Edith começou a ter um caso William Morton Fullerton, escritor do “The Times” e que se tornaria seu parceiro intelectual. Edith Wharton se divorciou do marido em 1913, após 28 anos de casamento.


Morte



Em 1 de junho de 1937, Edith Wharton sofreu um infarto na casa de Ogden Codman, na França, e desmaiou após um episódio de infarto. Em 11 de agosto de 1937, faleceu aos 75 anos após um AVC em sua casa em Saint-Brice-sous-Forêt. Wharton foi sepultada na seção protestante do Cimetière desGonards, em Versailles. A Biblioteca Beinecke da Universidade Yale abriga a Coleção Edith Wharton, com cerca de 50.000 itens, incluindo cartas, manuscritos e objetos pessoais, parte dos quais está disponível online.


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