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  • Foto do escritorGabriela Araújo

Resenha Tardia: The Bold Type

Série protagonizada por 3 mulheres tem Nova York como cenário e mostra dificuldades do dia a dia que vão de carreira a vida amorosa.


Créditos de imagem: Freeform (Reprodução)

Lançada em 2017, nos Estados Unidos, 'The Bold Type' chegou ao Brasil em 2021, através da Netflix. Desde então, a série se tornou uma das queridinhas dos usuários da plataforma, ficando constantemente no Top 10 de conteúdos mais assistidos por aqui.


A produção acompanha a história de três amigas: Sutton, Jane e Kat, que, juntas trabalham em uma revista feminina chamada Scarlet, em Nova York, onde cada uma exerce uma função. Jane é uma redatora que alimenta o desejo de ter sua própria coluna. Kat é diretora de mídias sociais e Sutton sonha em trabalhar com moda, apesar de ser ainda uma secretária.


Através da vida das protagonistas, alguns dilemas comuns do dia a dia, como mudança de carreira, desemprego, saúde e relacionamentos são inseridos no decorrer da trama, proporcionando ao espectador uma proximidade em relação aos personagens, já que as protagonistas lidam com essas situações de forma humana, sem aquela glamourização de sempre acertarem em tudo.


Além do cotidiano, The Bold Type fala sobre assuntos sociais importantes como sexualidade feminina, orientação sexual, machismo, racismo, sororidade, xenofobia, entre outros.


Kat, por exemplo, se descobre bissexual no início da série ao conhecer Adena, uma fotógrafa muçulmana que sofre xenofobia diariamente na cidade de Nova York. No caso de Jane, sua sexualidade nunca fora explorada a fundo e, por isso, ela nunca havia tido um orgasmo. Já Sutton sofre com o machismo no ambiente de trabalho por conta de seu jeito mais extrovertido e facilidade em lidar com os homens.


Em cada aspecto da personalidade e da vida das personagens está inserida uma temática diferente que é tratada da forma mais leve e descontraída possível.


Ainda que tenham saído de realidades diferentes, Jane, Kat e Sutton formam uma amizade real e forte, que chega a ser abalada algumas vezes, mas não rompida, mostrando a importância de ter uma rede de apoio ao nosso redor. Juntas, elas enfrentam dramas pessoais de cada uma, sendo a maioria em relação ao futuro: carreira, relacionamentos amorosos, maternidade, saúde... tudo é discutido pelo grupo, que se apoia acima de qualquer coisa


Apesar de abordar temas constantemente relacionados ao universo feminino, The Bold Type não é uma série voltada somente para o público feminino. Destaca-se, aqui, o caso de Alex, que, na terceira temporada, descobre que é inspiração de um texto sobre masculinidade tóxica e precisa rever seus conceitos ao se relacionar sexualmente com suas parceiras. 


Assistindo a cada episódio, é possível entender na prática os desafios diários de trabalhar em uma redação de revista, como a busca por boas matérias que ultrapassam seus conhecimentos e que acabam tocando em feridas da nossa vida pessoal, a censura diante de conteúdos que possam acabar com interesses maiores, além das dificuldades de produzir ensaios fotográficos, por exemplo.


Créditos de imagem: Freeform (Divulgação)

Matheus Amaral, produtor de conteúdo do canal Cinestera no YouTube, comentou em seu canal como um simples episódio mudou sua vida, citando que a personagem Sutton o inspirou a se demitir de um trabalho em que era infeliz.



No ano passado, o último episódio da quinta temporada foi lançado nos Estados Unidos e, com isso, o final de The Bold Type foi decretado. Apesar do encerramento, os fãs brasileiros ainda podem desfrutar da série por período indeterminado e esperar por novas histórias de Kat, Jane e Sutton. A última parte ainda não tem data de estreia definida no Brasil e, por enquanto, somente quatro temporadas estão disponíveis na Netflix.





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