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Rosa Parks: a força do movimento negro nos Estados Unidos

Ativista enfrentou a luta contra a segregação racial.



Nascida em 4 de fevereiro de 1913, Rosa Louise McCauley, mais conhecida como Rosa Parks, foi um ativista negra norte-americana.  


Filha de James e Leona Edwards McCauley, que se divorciaram quando Rosa ainda era pequena, teve contato com um ambiente familiar que defendia a igualdade racial em um espaço geral racista. Rosa tinha, por exemplo, que estudar em escolas para negros, e era obrigada a ir caminhando para o colégio porque a cidade em que vivia só oferecia transporte escolar para estudantes brancos.


Aos 19 anos, casou-se com Raymond Parks, que participava da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP) — já citada aqui —, influente instituição a favor de direitos civis de negros nos Estados Unidos. Raymond incentivou a esposa a terminar os estudos, que havia abandonado aos 16 anos para cuidar da mãe e da avó adoecidas.


Também incentivada por Raymond, Rosa se registrou para votar e conseguiu concluir seu registro. Na época, grupos de supremacistas tentavam impedir que negros se registrassem para votar.


Rosa ficou casada até o ano de 1977, quando seu marido faleceu e, consequentemente tornou-se viúva.


Começou a participar de ações da NAACP, inclusive as de mais destaque, como, por exemplo, o apoio aos Scottsboro, nove jovens negros acusados injustamente de estupro no ano de 1931 após uma viagem ferroviária. Quatro pessoas brancas, sendo duas mulheres e dois homens, acusaram os jovens de baderna e estupro. No dia do julgamento, milhares de pessoas aglomeraram em frente ao tribunal pressionando o juiz para a pior pena possível. Além disso, os acusados não tiveram autorização para chamar um advogado e foram condenados por um júri composto por homens brancos. Raymond Parks tomou parte da campanha e Rosa envolveu-se com ações realizadas pela instituição.


Boicote ao transporte coletivo de Montgomery



A segregação racial, em que brancos e negros eram proibidos de compartilhar o mesmo espaço, era dominante em Montgomery. Como, por exemplo, pessoas brancas tinham regalias e serviços amplamente qualificados e em transportes públicos, e havia espaços divididos para ambos desde 1900.


Caso o ônibus estivesse lotado, o negro deveria ceder sua poltrona para um branco. Se a ordem não fosse cumprida, poderia ser punido com prisão.


No ano de 1955, Rosa Parks sentou-se nas poltronas destinadas aos negros e o motorista exigiu que ela cedesse seu lugar às pessoas brancas que estavam de pé, porém, a ativista recusou-se e permaneceu em sua poltrona. Como consequência, sua prisão foi decretada.


Sua prisão provocou uma grande revolução no movimento negro. Representantes da NAACP pagaram sua fiança e Rosa foi liberada no dia seguinte, causando um grande marco para o início dos movimentos que lutaram pelo direito civil dos negros norte-americanos.


Todo o processo foi bastante conturbado para o casal Parks, pois perderam seus empregos e foram perseguidos por se mobilizarem contra a segregação. Devido aos grandes problemas causados — embora Rosa fosse vista como ícone pelos ativistas, sua vida tornou-se difícil pelas perseguições sofridas de supremacistas brancos —, o casal se mudou para Detroit, cidade vizinha de Michigan, e Rosa conseguiu emprego como recepcionista de John Conyers, congressista americano, no qual permaneceu até 1988, quando se aposentou.


O Museu Nacional dos Direitos Civis em Memphis, Tennessee, exibe uma estátua de Rosa Parks sentada em um ônibus.


Autobiografia e falecimento



No ano de 1992, Rosa escreveu sua biografia e 10 anos depois, devido a problemas financeiros, foi despejada de seu apartamento. A igreja batista Hartford Memorial a acolheu e, com a comoção nacional devido à sua situação, o banco resolveu perdoar sua dívida, e Rosa viveu de graça em seu prédio pelos anos seguintes.


No ano de 2005, faleceu por causas naturais e seu caixão foi velado com honras da Guarda Nacional do Estado de Michigan.

 


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